O maior gasto da União, o da Previdência Social, que deve ultrapassar R$ 1 trilhão este ano – ou 49,4% do orçamento federal -, não tem controles adequados. A fraude com autorizações fictícias de aposentados e pensionistas para descontos em suas contas no INSS, apropriados indevidamente por associações oportunistas ou de fachada, é a mais recente prova da vulnerabilidade da Previdência e de quem dela depende a ataques de salteadores. O atual episódio, que pode ter lesado os aposentados em R$ 6,3 bilhões em uma conta aproximada até 2024, e incompleta, pois não contabiliza o primeiro trimestre de 2025, tem peculiaridades perturbadoras: a falta de vigilância atravessa governos sem que a governança seja aprimorada.