O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, se declarou impedido nesta sexta-feira (25) de votar no julgamento sobre a prisão do ex-presidente Fernando Collor. A decisão leva em conta o fato de Zanin ter atuado em casos da Lava-Jato antes de assumir o posto na Corte.
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Em 2013, quando era advogado, Zanin assumiu a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até então conduzida por Roberto Teixeira, seu sogro. A acusação contra Collor fazia referência ao petista. Com isso, o ministro optou por se declarar impedido.
O plenário do STF começou a analisar nesta sexta-feira, em formato virtual, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão imediata de Collor. O ex-presidente já está preso.
Pouco depois do início do julgamento, o ministro Gilmar Mendes pediu destaque, reiniciando o caso e o deslocando para análise presencial. Apesar disso, segue valendo a decisão de Moraes que determinou a prisão de Collor.
O ex-presidente foi condenado a oito anos e dez meses, em regime inicial fechado, por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora, em um desdobramento da Operação Lava-Jato.
Ao se manifestar, às 11h desta sexta, o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, defendeu que a sua decisão fosse referendada. Ele foi acompanhado por Flávio Dino antes do pedido de destaque de Gilmar. Em seguida, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, que preside o Supremo, anteciparam seus votos, acompanhando o relator.