- Ministros do STF apoiam decisão de Alexandre de Moraes sobre intimar Bolsonaro na UTI
- Primeiro foco da federação entre PP e União Brasil está no Senado
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que o partido tem “varias doses de remédio” para resolver o impasse, e quanto maior for a resistência de Motta, mais forte será a “dose” aplicada.
— Vou conversar com o presidente Hugo Motta para sentir o tamanho da enfermidade que ele está passando. Vamos aplicar a dose exata para remediar essa questão, nem mais e nem menos — disse Sóstenes à coluna. Ele afirmou que a maior pressão sobre o deputado é exercida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que é contra a anistia.
O líder do PL afirmou que a obstrução de votações já foi iniciada pelo partido, que tem a maior bancada da Câmara. Sóstenes disse que a próxima medida é pressionar diretamente Hugo Motta nas redes sociais. Outra estratégia que está no roteiro é seguir os passos do deputado do PSOL Glauber Braga e fazer uma greve de fome no plenário, com familiares de presos pelo 8 de janeiro e cerca de dez parlamentares.
— Eu estou segurando a bancada toda que quer partir para cima do Hugo Motta nas redes sociais. Também estou administrando parlamentares e familiares de presos que querer fazer greve de fome no plenário da Câmara até destravar a votação da anistia. Eu tô segurando isso pro remédio não virar veneno — afirmou Sóstenes.
Sóstenes afirma que a medida mais extrema que pode ser adotada é o rompimento do acordo firmado pelo presidente da Câmara com líderes sobre a divisão das emendas de comissão da Casa. O deputado diz que isso seria uma espécie de “morfina” para resolver o problema, referindo-se ao estágio final de pressão sobre Motta.
Segundo o líder do PL, o acordo prevê que as emendas de comissão sejam divididas da seguinte maneira: 30% do valor total que o colegiado têm ficam com o partido que o comanda e os outros 70% são distribuídos por Motta às outras siglas.
— Se for preciso uma medida extrema, vamos desrespeitar esse acordo e passar a gerenciar 100% do valor das emendas das comissão que presidimos, dividindo o montante entre os deputados que votaram pela urgência da anistia — afirmou Sóstenes à coluna, destacando que o PL tem direito a cerca de R$ 6,5 bilhões em emdendas de comissão.
O líder do partido de Jair Bolsonaro afirmou que vê um caminho para Motta destravar a votação da anistia até a próxima semana. Sóstenes diz, porém, que se o projeto não for pautado, o partido subirá a pressão nos próximos dias.