O governador Romeu Zema (Novo), que está em viagem por cidades do interior de Minas Gerais, aproveitou as investigações de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para atacar o presidente Lula (PT) e o governo federal. O político mineiro, que é um dos nomes cotados para a eleição presidencial de 2026, usou as redes sociais, nesta quinta-feira (24 de abril), para criticar a gestão do órgão e lembrar que a nomeação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado do cargo por ordem judicial, é responsabilidade do petista.
“O Brasil vive mais um escândalo de corrupção com a fraude no INSS: R$ 6 bilhões desviados dos aposentados, justamente quem mais precisa. Enquanto milhares de brasileiros enfrentam fila por benefício, a quadrilha agia dentro do sistema com total liberdade. E o mais grave: o presidente do INSS foi nomeado pelo Lula”, afirmou.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, a fraude começou no governo de Jair Bolsonaro (PL) e continuou na gestão de Lula. Os investigadores indicaram que um esquema nacional de descontos associativos não autorizados, feitos por sindicatos em aposentadorias e pensões, retiraram R$ 6,3 bilhões dos beneficiários entre 2019 e 2024.
Após o caso vir à tona, na quarta-feira (23 de abril), Lula demitiu Stefanutto e determinou a suspensão dos descontos irregulares que estavam previstos nos benefícios dos aposentados para o mês de maio.
Nesta quinta-feira, veio a público que o irmão mais velho do presidente Lula, conhecido como Frei Chico, é vice-presidente de um dos sindicatos investigados na operação da Polícia Federal.
O fato serviu como justificativa para que mais críticas recaíssem sobre o presidente da República. Frei Chico, no entanto, destacou que está tranquilo e que o sindicato do qual faz parte – Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do Brasil (Sindnapi) – já foi auditado e tem todas as práticas regulares. “Eu espero que a Polícia Federal investigue de fato, porque tem muita entidade picareta por aí”, disse o irmão mais velho de Lula.
