Os advogados do ex-ministro Walter Braga Netto enviaram um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar o vídeo utilizado pelo ministro Alexandre de Moraes em voto para tornar réu o general da reserva, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis no âmbito do processo que investiga uma trama golpista no país.
Segundo a defesa de Braga Netto, “apenas parte dos vídeos refere-se ao lamentável episódio do 8 de janeiro”.
“Como se constata pelos vídeos da sessão e notas taquigráficas que compõem o acórdão, na edição apresentada em Plenário também constam vídeos referentes a episódios ocorridos nos dias 12 e 24 de dezembro de 2022, que extrapolam os limites da narrativa acusatória”, afirmaram.
Os advogados reforçaram que Braga Netto não é réu pelos outros acontecimentos e mostrar todas as imagens juntas pode favorecer a acusação.
Além disso, a defesa tornou a alegar que não tem acesso integral às provas e autos necessários.
Tentativa “violentíssima”
Ao exibir o vídeo, em março, Moraes disse ser importante “lembrar que tivemos tentativa de golpe de Estado violentíssima, fogo, destruição de patrimônio público, dano qualificado”.
“Uma violência selvagem, incivilidade total, com pedido de intervenção militar no golpe de Estado”, falou.
Para o relator, é “absurdo dizerem que não houve violência” e o vídeo foi apresentado para relembrar a gravidade do ocorrido.
